História da Cidade

Confira aqui um pouco da história de Piracanjuba.




      A partir do segundo decênio do século XVIII os bandeirantes começaram a percorrer o território goiano na intenção de se estabelecerem para a exploração do ouro. A estrada real ou estrada de São Paulo que passava por Catalão, Ipameri, Pires do Rio, Santa Cruz de Goiás, Leopoldo de Bulhões, Anápolis, Pirenópolis (Meia Ponte) e Cidade de Goiás (Vila Boa) foi a primeira e a mais importante a ser construída.
Em 1733 Manoel Dias da Silva descobre ouro na região de Santa Cruz de Goiás que passa a ser cabeça de julgado e Pouso Alto virá a ser arraial deste distrito. Os lados nordeste e norte de Santa Cruz de Goiás são formados por serras que deixam o terreno com relevo acentuado. O lado sul e sudeste confrontam-se com o rio Corumbá, fazendo com que os migrantes, principalmente, de São Paulo e Minas Gerais buscassem terras mais planas e férteis a oeste e norte além das serras, afastando-se de Santa Cruz de Goiás e ocupando as regiões rurais onde posteriormente se formou Pouso Alto (Piracanjuba). Principalmente as regiões do sul de Pouso Alto (Piracanjuba) nominadas Bom Jardim, Cachoeira, Jacaré e Barreiro.
O arraial de Campinas formou-se em 1810 decorrente da ocupação por mineradores saindo de Pilar de Goiás que procuravam ouro às margens do ribeirão Anicuns e em 1811 uma epidemia de varíola (bexiga) em Meia Ponte (Pirenópolis) obriga o governo a determinar novas rotas para a capital da Província que passavam pela estrada de São Paulo. Esses dois fatores intensificaram o fluxo de transporte e pessoas no picadão entre Campinas e Uberaba, crescendo a ocupação das terras do lado norte mais próximo de Pouso Alto (Piracanjuba), nas regiões nominadas de São Germano, Meia Ponte,.Vereda e Serra Negra. Neste mesmo período surge uma nova rota passando por Caldas Novas, Pires do Rio, Santa Cruz de Goiás, Pouso Alto (Piracanjuba), Bela Vista, Campinas e Vila Boa (Cidade de Goiás) que estava ligada, também, à rota Pouso Alto (Piracanjuba) e Vila Bela (Morrinhos).
Pouso Alto (Piracanjuba) passa a se encontrar em uma posição geograficamente estratégica, por se tornar um caminho mais próximo entre Vila Boa (Cidade de Goiás) e São Paulo e por conta das águas termais em Caldas Novas que sempre foram muito apreciadas aumentando o fluxo de pessoas. Na década de 1820 as terras que formam o município de Pouso Alto (Piracanjuba) estão ocupadas por famílias de outras províncias, principalmente Minas Gerais e São Paulo, que vinham à procura de terras ou por famílias que não obtinham mais lucros com a extração de ouro em Santa Cruz de Goiás, residindo nas fazendas, inclusive com os escravos, e construindo moradias no estilo sobrado ou grandes casarões que ainda se encontram em algumas propriedades rurais do município.
Essas famílias se deslocavam à Santa Cruz de Goiás e, principalmente, à Ipameri para vender produtos agrícolas (arroz, milho, feijão e fumo de rolo) e comprar querosene, arame, prego, sal e ferramentas.
Francisco José Pinheiro, conhecido pela população de Piracanjuba por Guarda-mor Francisco José Pinheiro, ocupava cargos relacionados à justiça em Santa Cruz de Goiás. Ocupou cargos de Juiz Ordinário, Capitão e outros. Ao aposentar-se, morando na sede de sua fazenda, pede a construção do orago à Nossa Senhora da Abadia e um cemitério em 12 de janeiro de 1831 nos limites de sua fazenda. Na justificativa do pedido alega haver trinta casas vizinhas à sua que estão do lado sul de onde se formará o arraial. Não temos documentação que comprova a quantidade de casas ocupando as terras do lado norte. Mas, analisando os batismos realizados na casa de oração no período de 1836 a 1840, encontramos 16% relacionados às famílias das regiões do norte, 45% às famílias das regiões do sul e 39% relacionados ao arraial de Pouso Alto.
Sem dúvida a construção da casa de orações e do cemitério foram os elementos finais para a formação do núcleo urbano, associados, como dissemos antes, ao relevo da região de Santa Cruz de Goiás e ao fim da extração aurífera, à constituição dos núcleos urbanos em Campinas, ao surto de varíola (bexiga) em Meia Ponte (Pirenópolis) e ao surgimento de novas rotas que intensificou a movimentação de pessoas em Pouso Alto.
Podemos perceber pelo levantamento feito nos batismos da Paróquia Nossa Senhora da Abadia no período de 17 de abril de 1836 a 29 de dezembro de 1855, pouco mais de 19 anos, que houve uma movimentação de 1.225 pessoas. Nesse período registramos 248 batizados.
Não podemos descartar a hipótese de que muitas pessoas não batizavam imediatamente seus filhos por conta das longas distâncias e falta de transporte, esperando por anos ou os batizou em outro arraial. Dessa forma entendemos que o número de pessoas nesse período era superior ao apresentado
Livro de batismos da Paróquia Nossa Senhora da Abadia – Piracanjuba-Go. Período entre 17 de abril de 1836 a 29 de dezembro de 1855.








































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